26.5.13

A ponto de explodir

As pernas são curtas demais pra correr do peso do mundo. Não há outras pernas, não há quem te carregue nos braços, e nem quem te de um empurrão. Será sempre a mesma coisa. O choro no canto do quarto tentando suster o ódio. Eu que calo a boca pra falar de mim, engulo as lágrimas pra ninguém ver fragilidade. É tudo tão vazio. Acho que não entenderiam se fosse uma carta suicida, sendo que a minha fé ao ser me cai na palma da mão quando estou totalmente ser forças pra segurar. Digo que não se enganem, fossa não é abismo, queda não é tombo. E eu ralei a minha alma no asfalto grosso, sem ninguém se importar. As pernas se quebram, e você sente que não existe fuga quando o mundo traga de você. Sente que suas veias são quadradas e o sangue arde e quer sair rasgando a pele, talvez isso seja loucura. O sangue sempre sai, e o ódio vai junto. No fim, tudo é apenas mais uma psicose, tudo. -desconhecido

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